08 agosto, 2012

cap. 18 - "... dar uma oportunidade"


David deu-me um beijo no canto dos lábios e depois sorriu e levou-me a sorrir também. Entramos dentro do carro e fomos sempre á conversa até a sua casa e comecei a ficar nervosa, David estacionou na garagem do prédio e subimos até ao seu apartamento.

- Bem-vinda ao meu castelo! – Disse sorrindo e abriu a porta, e depois apresentou-me a sua casa. David morava num simples T1, não era grande mas era o suficiente para uma pessoa só.

- Ena! – Exclamei depois do David me ter mostrado a sua casa

- Que tem? – Perguntou-me David

- A tua casa… É linda, mas é pequenina! Não é a excentricidade que se diz por ai da casa dos jogadores…

- Não quis uma coisa muito grande, gosto de coisas simples sabe?

- Sim, és como eu – Sorrimos, ficamos ambos vidrados num no outro, sentia uma enorme vontade de voltar a sentir a sua respiração perto da minha e de sentir os seus lábios nos meus, mas tinha medo que David não quisesse

- Bem, que filme vamos ver? – Perguntei afastando-me dele

- Não sei, vá escolhendo no móvel da sala que eu vou fazendo pipocas – Notei-o um bocado desiludido, mas mesmo assim fui para a sala. Procurei no meio daqueles filmes todos algum filme de jeito, a verdade é que eu não tinha jeitinho nenhum para escolher filmes mas lá encontrei um dos meus filmes favoritos, velocidade furiosa.

- Já escolheu o filme? – Perguntou David assim que chegou da cozinha com um balde de pipocas na mão

- Bem, eu não tenho muito jeito para escolher filmes… Mas escolhi um que eu gosto muito – Mostrei-lhe a capa do filme

- Bom filme – Sorriu-me

- Tens uma manta? – Pedi antes de me aconchegar no seu sofá em forma de L

- Sim, vou buscar pra você mas ponha-se á vontade e faça como se estivesse em casa! – Fiz como David disse e pus-me á vontade descalçando-me, não gostava de andar calçada em casa, andava sempre descalça. Quando David chegou com a manta deu-ma, pôs o filme a dar e sentou-se, ainda pensei em sentar-me no outro canto do sofá, mas acabei por me aconchegar perto de David.

Estávamos a ver o filme, estava tapada mais o David com a manta vermelha, David tinha as pernas esticadas sobre a mesa e eu tinha as minhas encolhidas sobre o sofá, o seu braço rodeava a minha cintura e a minha cabeça estava encostada no seu ombro. Estava tão aconchegadinha que acabei por adormecer com o cansaço

- Ju? Ju… - Acordei com David fazendo-me festinhas na cara

- Hm? – Perguntei ainda com os olhos fechados

- O filme já acabou e você adormeceu – Abri os olhos e vi David a olhar para mim com ternura

- Oh, desculpa! É que eu ando um bocado cansada – Desculpei-me, abrindo os olhos

- É, notei – Gozou David – Mas não tem que pedir desculpa! Eu também acabei por adormecer – Confessou o que nos levou a rir

- Pronto, já me sinto melhor! – Voltamos a rir – Mas com isto tudo já são quase horas de jantar! – Disse chocada

- ‘Cê quer jantar aqui? Ou quer ir jantar fora?

- Por mim jantamos aqui, tens alguma coisa em casa?

- Deve-se arranjar alguma coisa

- Então posso ir ver? Eu cozinho! – Se havia coisa que gostava de fazer era de cozinhar

- Não vou morrer? – Perguntou a gozar comigo

- Isso já não sei! – Deitei a língua de fora e ele riu

- Faz o jantar com uma condição! Eu ajudo

- Tudo bem! – Sorri

Fomos para a cozinha e como David tinha o congelador ás moscas, nem carne nem peixe! Para desenrascar fiz uma massa com feijão e chouriço, era rápido de fazer e era uma das minhas comidas favoritas, visto que eu gostava de massas. David ajudou-me a fazer o jantar e a pôr a mesa entre brincadeiras e umas mais atrevidas que outras.

- Isto está muito bom! – Elogiou a minha comida quando já estávamos a comer

- Sou uma cozinheira nata! – Brinquei

- Pois é! – Disse como se tivesse lembrado de algo – A sua mãe ontem chateou-se? – Relembrei a “discussão” com a minha mãe e fiquei triste – Perguntei alguma coisa de mal?

- Oh, não é isso… - Disse sem tirar os olhos da comida

- Desculpe - Desculpou-se

- Não precisas de te desculpar… A minha mãe é que pelos vistos ainda pensa que eu ando metida em coisas que não devia estar - Acabei por desabafar com David

- Como assim? – Olhei para ele com um ar óbvio, não gostava de dizer aquela palavra que estragou a minha vida – Ahhh! – Disse quando finalmente percebeu – Mas você deu motivos á sua mãe para pensar nisso?

- Claro que não! Aliás, sempre lhe dei motivos do contrário, que estava muito melhor e nunca mais me tinha metido nessas coisas…

- Posso perguntar-lhe uma coisa? Mas não leva a mal? – Perguntou meio a medo

- Estás á vontade – Sorri-lhe dando-lhe autorização

- Porque é que seguiu para esses caminhos?

- Porque tinha medo de perder a pessoa que pensava que amava... E para ele não me deixar fazia essas coisas para o impressionar…

- Porque acabaram? – Perguntou-me

- Primeiro porque eu apercebi-me que estava a estragar a minha vida e a perder quem me amava e segundo porque tinha uns enfeites na testa maiores que alguns arranha-céus! – Rimos os dois da comparação que tinha feito

- E o que a levou a perceber que não o amava?

- Porque sim… - Queria dizer que amava David, mesmo sendo um sentimento que não se ganha assim de um dia para o outro, mas não podia. Não sabia se ele sentia o mesmo que eu, não sabia se o que ele sentia por mim era apenas uma coisa passageira e eu? Eu tinha medo de me voltar a magoar mais uma vez, pois apesar de brincar com o facto de Rodrigo me ter traído, ainda era uma coisa que me magoava.

Acabamos de jantar e depois ajudei David a arrumar a cozinha, o ambiente tinha ficado algo pesado dês que eu tinha dito que não amava Rodrigo porque sim. Estávamos já os dois na sala a conversar sobre os mais diversos assuntos quando David puxa novamente o assunto da cozinha

- Ainda á pouco... 'Cê não me disse o porque de ter dito que não amava o seu ex namorado... - Disse aproximando-se de mim, sabia que não iria resistir e por isso ia-me afastando

- Eu respondi-te... - Disse já com o meu coração a bater descompassadamente

- Aquilo não foi resposta! - David continuava a aproximar-se e eu não tinha mais por onde fugir, visto que já tinha chegado ao fim do sofá.

- Para mim foi - Disse baixinho, escondendo a cara. David pegou na minha cara com carinho e fez-me olhar para ele

- Eu gosto de você! E você ontem disse que também gostava de mim... Mas no entanto 'cê anda ai sempre a fugir e a afastar-me de você!  

- Eu não estou a fugir... - David tentou aproximar a sua cara da minha, mas virei a cabeça para o lado

- Se não tá fugindo porque não me deixa beijá-la? - Perguntou largando-me e com alguma mágoa na voz

- Porque isto não é o meu mundo! Porque eu não sei lidar com tudo o que estou a sentir! Porque somos de mundos diferente! Porque tenho medo de te começar a amar mais do que já amo e no final sair mal... - Disse esta ultima parte já em forma de sussurro

- Você tá sempre arranjando desculpas para tudo, para nós! Qual é o mal de eu ser o David Luiz? Os outros também têm as suas namoradas! E nunca ouviu dizer que os mundos diferentes se completam? Porque não completa o nosso? Você não vai sair mal, eu não sou o seu ex namorado! Mas para você perceber isso, tem que me dar uma oportunidade... - Eu sabia que David tinha razão, em tudo o que estava a dizer... Mantive-me em silêncio durante algum tempo, até que tomei a minha decisão. Agora era só esperar que mais tarde não me arrependesse...

Qual será a decisão de Juliana? 
Ainda hoje devem ter a confirmação :b Se não for hoje é amanha sem falta!
Espero que gostem :) 

Tenho que fazer um agradecimento a todas que têm comentado os meus capítulos :) Não o fiz no ultimo capítulo porque eu estava a morrer de sono e nem me lembrei, mas fica aqui um GRANDE agradecimento! Espero que estejam a gostar da fic e não vos desiluda :D

1 comentário:

  1. Olá :D
    Mais um capítulo fantástico!
    Espero que a Juliana tome a decisão mais acertada e dê uma hipótese ao David : )
    Beijinhos
    Ritááá xD

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