07 agosto, 2012

cap. 17 - "Eu gosto tanto de ti…"

Oláaaa :) Voltei e como o prometido é devido tenho aqui outro capitulo novinho :b Espero que gostem :)

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- David… - Mais uma vez interrompeu-me

- Eu entendo que não sinta o mesmo que eu depois de tudo o que fiz pra você e que – Não o deixei acabar e fiz o que David não me deixava mostrar por palavras, beijei-o novamente deixando que as nossas línguas se entrelaçassem, mas terminei o beijo assim que os medos voltaram a assombrar a minha cabeça

- Isto significa o que?

- Significa que eu gosto de ti…

- Mas...? – Perguntou-me numa tentativa que eu acabasse a minha frase

- Mas que tenho medo do que possa acontecer daqui para a frente

- Como assim?

- Como assim que tu és o David Luiz, tens a tua vida ocupada com o futebol… E não és propriamente um anónimo para a vida das outras pessoas e para a comunicação social e eu não quero aparecer em tudo o que é revista cor-de-rosa porque gosto de como estou. E eu nem 18 anos tenho e tu tens 24– As mãos de David que até agora estavam entrelaçadas com as minhas, desentrelaçaram-se e David remeteu-se ao silêncio durante longos minutos, já estava a achar aquela espera e aquela falta de palavras agonizante, finalmente David agarra de novo as minhas mãos e diz olhando-me nos olhos

- Não seja assim, não pense assim… Eu sou o David, você sabe disso! E eu sei que não está comigo por eu ser o David Luiz, o jogador de futebol que tem dinheiro, sei que está comigo porque gosta de mim por quem realmente sou… E a idade não é nada, o que interessa é o que eu sinto por você e o que você sente por mim! Por isso esqueça o resto!

- Eu não quero saber se és rico ou pobre, feio ou bonito, por mim até podias limpar as ruas… Mas não limpas e eu tenho medo David…

- Não tenha medo, nós temos cuidado, eu tento proteger você ao máximo! E prometo que nunca a vou magoar… Mas fique comigo! – Fiquei durante algum tempo em silêncio a recordar as palavras de Andreia, Mariana e Inês e por fim as de David… Eu queria ficar com ele, queria lutar dele queria que ele fosse meu e queria ser dele durante um tempo chamado “sempre”! Mas sabia que isso não iria acontecer se eu não pusesse de lado os meus medos…

- Eu gosto tanto de ti… - Sorri e voltei a beijá-lo e para ser sincera era assim que me sentia bem, era assim que me sentia protegida e feliz, sentia-me amada! E a verdade… É que nunca me tinha sentido assim!

- E eu de você pequenina!

- Pequenina o raio que ta parta ó coisa grande!

- Eu gosto de você assim pequenina!

- Ai é? – Fiz ar de chocada – Coincidência que também gosto de mim pequenina – Disse com um ar convencido o que nos levou os dois a rir

- Já viu? Nunca pensei! – Disse brincando comigo, entretanto olhei para o relógio e vi que já era quase duas da manhã, a minha mãe já devia estar em casa preocupadíssima comigo

- David olha as horas! A minha mãe já deve estar preocupadíssima!

- Poxa! Já é mesmo tarde! Eu levo você! – Em condições normais não aceitaria, mas dado que já não tinha transportes e tinha que estar rápido em casa, não estava em condições de reclamar

- Está bom…

A viagem foi feita connosco a falar, eram raras as alturas em que o silêncio pairava sobre nós. Quando chegámos á minha rua, saí logo do carro com a pressa de ir para casa mas David pegou-me no braço

- Não se está esquecendo de nada? – Voltei a sentar-me a pensar no que me poderia estar a faltar, mas tinha o casaco vestido e tinha tudo dentro da mala, por isso não fazia ideia do que ele estava a falar

- Acho que não…

- Nem disto aqui? – Perguntou aproximando-se de mim e dando-me um beijo apaixonado e mais atrevido

- Ahhh! – Disse sorrindo depois de quebrar o beijo – Tens razão – Voltei a beijá-lo – Mas vá, tenho mesmo que ir… Manda mensagem assim que chegares a casa está bem? Para eu ficar descansada…

- Mando – Sorriu-me e saí do carro em direcção á minha casa com um sorriso do tamanho do mundo, estava feliz e isso ninguém poderia mudar. Não sabia o que iria acontecer no dia seguinte, mas naquele momento eu estava feliz e isso é que interessava pois estava como já não me sentia á muito tempo.

Entrei em casa e estava a minha mãe acordada com o telemóvel na mão e previ logo sermão

- Onde estiveste Juliana Seabra?! – E pronto, tinha razão… - Está aqui uma pessoa preocupada e farta de te ligar!

- Oh mãe, eu deixei-te o bilhete e quanto ás chamadas eu não ouvi o telemóvel…

- Mas eu estava preocupada! Liguei-te mais de cinco vezes como é que não ouviste o telemóvel?

- Estava na vibração e eu não estava com a mala ao pé de mim

- É? E o que estavas a fazer?! – Insinuou logo para outros caminhos

- Oh mãe! Até parece que eu vou para a cama com qualquer um! Fui sair com um amigo e ficámos na conversa até agora

- E tu pensas que eu acredito que é só amigo?!

- Mas porque é que estás com isso agora?

- Porque da ultima vez foi o que foi! – Acabou por dizer mais irritada e a num tom ainda maior do que já estava a falar anteriormente

- Pensava que já sabias que eu estava mudada! – Não ia estar ali mais tempo nenhum, sabia que ia virar para discussão e não o queria fazer com a minha mãe. Magoou-me o que ela disse, mas não ia dar importância.

Subi para o meu quarto e vesti o meu pijama, a cada movimento que dava recordava o jantar e depois do jantar com David… Parecia que aquilo tudo tinha sido só um sonho, havia sonhado tantas vezes com aquele momento e aqui estava eu, a viver o meu sonho na vida real!

De: David L
Oi J já cheguei a casa e inteirinho :b Ainda bem que aceitou o convite para jantar! Gosto muito de estar com você e de você!
Beijos

Sorri feita parva para o telemóvel ao ler a mensagem de David, tudo aquilo era real e eu não me cansava de sorrir

Para: David L
Olá J Ainda bem que chegas-te inteirinho ahahah Eu também gosto muito de estar contigo e de ti $:
Beijo”

Sabia que provavelmente David não me iria responder mais e por isso mesmo pus o telemóvel de baixo da almofada e preparei-me para dormir, no dia seguinte era sábado, logo não iria ter aulas e ia poder descansar o dia todo, ou seja, não fazer nada! Não conseguia dormir e por isso mesmo desci as escadas e fui beber leite com bolachas, a minha mãe já estava a dormir e por isso mesmo não tive que falar com ela, depois de comer, voltei a subir para o meu quarto e adormeci logo.
No dia seguinte acordei com o meu telemóvel a dar sinal de vida com uma chamada, olhei para o relógio analógico que estava na minha mesinha de cabeceira e vi que marcava 13:45, era tarde mas eu continuava a sentir-me cansada e com sono.

“- Quem é? – Perguntei com a voz rouca ainda ensonada
- Acordei você? – Assim que ouvi aquela voz, sorri
- Sim, mas não faz mal… Também já estava na hora de acordar
- Oh, me desculpe, a sério! – Desculpou-se David
- Já disse que não faz mal… Mas o que querias?
- Ahh, é que eu liguei para lhe pedir uma coisa – Ele não falou mais e eu esperei que ele continuasse
- Que coisa? – Acabei por perguntar
- Ahh, é que... Eu queria perguntar se você queria passar o dia de hoje comigo… Víamos um filme aqui em casa e depois jantávamos…
- Bem… Por mim dá – Acabei por aceitar
- Ainda bem, passo por ai quando?
- Quando tu quiseres…
- Posso passar aí por volta das três da tarde?
- Claro!
- Então até já
- Beijo
Desliguei a chamada e continuei deitada na cama, não me apetecia sair e estava com preguiça… Levantei-me passado algum tempo e fui tomar um banho demorado, estava mesmo com preguiça de fazer alguma coisa o dia todo e estava cansada pois durante a semana não dormia nada bem, mas não ia dizer que não a David… Depois de tomar banho fui-me vestir e como já estávamos em Maio já estava algum frio mas não muito, vesti algo confortável e para variar pus umas botas com um salto alto, mas não muito alto. 

Sequei o cabelo e já estava pronta, desci para baixo para comer alguma coisa e como não tinha muita fome comi apenas uma taça de cereais de chocolate. Voltei a subir para mudar as coisas de mala e recebi a mensagem de David que já estava á minha porta, desci as escadas e nem me preocupei em deixar um bilhete para a minha mãe pois ela também não me tinha deixado nada. Saí de casa e vi David encostado ao seu carro e sorriu mal me viu, caminhei até ele e naquele momento não sabia como o cumprimentar, primeiro porque não sabia como tínhamos ficado depois do que se passou ontem e depois porque estávamos na rua.

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