25 junho, 2012

Cap. 5

Ao ouvir aquela voz, assustei-me e apaguei logo o cigarro. Sabia que ia ouvir sermão, daqueles que os pais dão aos filhos mas a vontade não era mesmo nenhuma

- Diogo, não vais começar!

- Não que não vou! Tu já viste a porcaria que ias fazer?! Dês de quando é que te voltaste a tornar irresponsável?!

- Não me voltei a tornar irresponsável! Apenas me apeteceu fumar

- "Apenas me apeteceu fumar" - Diogo imitou-me com uma voz esganiçada. Algo que odiava que as pessoas fizessem - E dizes isso com uma tranquilidade enorme?! Estás parva, só pode!

- Diogo, estás a exagerar... - Ele riu-se ironicamente

- Não Juliana! Não estou a exagerar! - Diogo que até aquele momento estava a falar baixinho para os outros não ouvirem, gritou o que me fez estremecer - Já viste o que ias fazer?! Já estragas-te a tua vida uma vez, queres estragar outra vez?! 

- Eu não ia fazer nada de mal, era só uma vez e era só um cigarro! Não me ia acontecer nada! E que eu saiba as escolhas são minhas... 

- E quantas vezes é que tu da outra vez não disseste que não te ia acontecer nada? Da outra vez também começou por ser só - Diogo disse o "só" fazendo sinal de aspas - um cigarro, mas depois foi para outro e outro e depois começaste a gostar de coisas novas! - Eu ia falar mas Diogo interrompeu-me - E não digas que eu estou a exagerar! Porque tu não sabes como foi ver-te numa cama de hospital, ver-te a lutar pela vida uma segunda vez! Não sabes o que custava, nem a mim, nem aos teus amigos e muito menos á tua mãe! Mas olha - Tirou o maço de tabaco que tinha no seu bolso e atirou-mo - as escolhas são tuas não é? Só espero que tenhas a noção da merda que estás a fazer! - Notei que já não estávamos sozinhos porque todos os que estavam lá dentro á pouco, estavam agora cá fora. Diogo virou-me as costas e foi-se embora e eu sem pensar duas vezes fui atrás dele. Vi o Diogo mandar um pontapé numa das cadeiras que estavam espalhadas pelo bar

- Diogo... - Ele virou-se e olhou para mim, vi nos seus olhos formarem-se pequenas lagrimas. Aproximei-me  e abracei-me a ele - Desculpa... - Pedi com a minha cabeça no seu peito. Sabia que Diogo tinha razão, toda a razão do mundo. Sabia que o que eu ia fazer era uma tremenda estupidez e que provavelmente aquele não seria o único... - Desculpa a sério, por tudo! Por hoje e por o que eu fiz no passado... Tens razão, ia ser irresponsável se o fizesse, desculpa, desculpa! - Pedi sempre com a minha cabeça "enterrada" no seu peito, Diogo levou as suas mãos á minha cara e fez-me olhar para ele


- Nunca mais o faças pequena! Promete-me, por favor! 


- Prometo - E fiquei ali, agarrada a ele a sussurrar infinitos prometo's com as lágrimas a escorrerem-me pelos olhos.

Depois de estarmos ali algum tempo, fomos interrompidos com eles a despedirem-se de nós pois já se fazia tarde e tinham que ir embora. Limpei as minhas lágrimas e despedimos-nos todos e depois de algum tempo á conversa com Inês, Mariana, Diogo, Bruno e Márcio sobre o que tinha acontecido fomos todos dormir para no dia seguinte ser um novo dia e finalmente começarmos as nossas férias sem discussões.

O nosso quarto era algo muito pequeno para seis pessoas que levavam umas três malas para duas semanas. Depois da habitual discussão para ver quem dormia onde, pois havia apenas dois boliches ficou acordado que Bruno e Inês dormiriam na cama de baixo de um dos boliches e nesse mesmo boliche eu dormiria em cima e depois Mariana e Márcio dormiriam na cama de baixo do outro boliche e o Márcio dormiria na cama de cima. Depois da discussão das camas, houve mais a discussão do armário onde ficou acordado sem grandes polemicas nós, as raparigas, ficarmos com o armário porque segundo a Inês "Nós somos raparigas, trazemos sempre a casa atrás, portanto precisamos do armário. Vocês que se arranjem" o que nos fez rir, mas ela até que tinha razão... Depois de tudo arrumado fomos todos dormir.

No dia seguinte acordei e já ninguém estava no quarto, depois de conseguir passar a confusão de malas e de roupa que estava naquele quarto fui tratar da minha higiene pessoal e vestir-me

Roupa  Juliana







bikini Juliana

































Apanhei o cabelo num totó alto e já estava pronta, não gostava de pôr maquilhagem, apenas punha base ás vezes quando tinha olheiras e mesmo para ocasiões especiais a maquilhagem era sempre muito leve. Fui até ao bar onde vi Diogo já a servir ás mesas com a ajuda da Inês que estava no balcão

- Bom dia - saudei Inês assim que me juntei a ela a atender no balcão - Queres que fique aqui ou que vá ajudar o Diogo nas mesas?

- Bom dia? Já é boa tarde dorminhoca! - Rimos as duas, se havia coisa que eu gostava de fazer era dormir - Não sei, importas-te de ficar nos dois sítios? É que isto está cheio de pessoas! - As coisas eram sempre assim, estávamos de férias mas também ajudávamos o Diogo no bar durante o dia e a noite sempre por turnos. Mas não nos importávamos porque á nossa maneira divertíamos-nos sempre!

- Posso ficar os dois sítios... Mas primeiro tenho que comer

Primeiro comi e depois comecei a trabalhar e já tinha saudades de o fazer, adorava interagir com as pessoas e se havia pessoas que achavam que servir á mesa era algo que apenas as pessoas necessitadas o faziam eu por outro lado não achava nada disso. Achava até um trabalho engraçado. Já andava de um lado para o outro á algum tempo até que veio Mariana, Bruno e Márcio para nos substituir. Fomos os três buscar as toalhas e quando estávamos a sair do bar, ia o David a entrar

- Então mano, que estás aqui a fazer? - Perguntou-lhe Diogo depois do habitual cumprimento deles

- Ah... Bem... - David coçava os seus caracóis num jeito de menino envergonhado o que me deu uma enorme piada  - É que, bem... Eu vinha convidar a Juliana para vir dar uma volta - Assim que ouvi o meu nome e aquele convite, do David para mim pensei que tinha ouvido mal mas depois quando o olhei vi-o a olhar para mim com aquele sorriso lindo - Quer vir? 


- Bem... - Não sabia se havia de aceitar, quer dizer, não o conhecia de lado nenhum e ele era o David Luiz. Uma figura altamente conhecida e com imensas fãs.

- Se não quiser vir é de boa - Vi o sorriso lindo que ele tinha a desaparecer e o meu coração a sentir-se apertadinho.

"Não deve fazer mal nenhum... E se Diogo é amigo dele é porque ele deve ser boa pessoa.." Pensei para mim

- Bem, acho que não faz mal nenhum... Importam-se? - Perguntei já virada para a Inês e o Diogo.

- Por mim não e aqui pelo Diogo com certeza que também não, portanto vá, vão-se lá divertir! - Inês como sempre, dês que tinha acabado com Rodrigo fazia de tudo para eu sair com outros rapazes. Começou-me a empurrar a mim e a David para irmos e estava com um sorriso de orelha a orelha

- Inêzinha nós sabemos ir pelos nossos pézinhos! - Rimos

- Ah sim, então vá, vão lá! 


Tenho notado que as visitas têm aumentado e por isso deixo-vos um capitulo um bocadinho maior do que o habitual, mas não tenho tido comentários nenhuns... Será que não estão a gostar? s:

2 comentários:

  1. Olá :)
    E claro que temos gostado!! :P
    Fico à espera do próximo.
    Beijinhos
    Rita

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  2. Olá :D
    A tua fic está a ficar fantástica :p
    Tens imenso jeito!
    Aguardo um novo capítulo ; )
    Beijinhos
    Ritááá xD
    romanceinesperado.blogspot.com
    speedofloveslb.blogspot.com

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